O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT) da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, tem como uma de suas atribuições promover o uso de evidência científica para o processo de tomada de decisão em saúde.

Este formulário de sugestão de pesquisa em Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) visa identificar lacunas do conhecimento relevantes para o Sistema Único de Saúde que podem ser resolvidas com a realização de uma pesquisa. É importante salientar que o preenchimento deste formulário não garante que a pesquisa seja realizada e que a tecnologia seja incorporada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Ele é um mecanismo da área de ATS do DECIT e da Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (REBRATS) para identificação de pesquisas estratégicas em ATS para o SUS. As sugestões de pesquisa apresentadas serão apreciadas pelo Departamento de Ciência e Tecnologia e serão discutidas pelo Comitê Executivo da REBRATS.

* Preenchimento Obrigatório

Passo 1 de 4

Entendem-se como tecnologias em saúde: medicamentos, equipamentos e procedimentos técnicos, sistemas organizacionais, educacionais, de informação e de suporte e os programas e protocolos assistenciais, por meio dos quais a atenção e os cuidados com a saúde são prestados à população. A descrição da tecnologia deve ser cuidadosa e completa. A população a ser atendida refere-se às indicações da tecnologia.

Exemplo 1: antipisicóticos atípicos (aripiprazol, clozapina, olanzapina, quetiapina, risperidona e ziprasidona).
Exemplo 2: associação de medicamentos antiretrovirais a antiparasitários.

Exemplo 1: portadores de esquizofrenia refratária.
Exemplo 2: pessoas com a co-infecção HIV e T. cruzi.

Passo 2 de 4

Serão considerados os seguintes critérios de priorização:
1. Relevância epidemiológica: estimar a magnitude do problema ou a carga de doença, por meio da utilização de métodos já padronizados. Analisar os fatores de risco responsáveis pela persistência das doenças, agravos ou problemas.
2. Relevância para os serviços/políticas – probabilidade de redução de custos e aumento do acesso: refere-se às possíveis alterações, de aumento ou redução, nos custos de procedimentos/intervenções geradas e aumento de acesso aos serviços.
3. Fase do conhecimento – suficiente disponibilidade de evidência científica: refere-se à análise da disponibilidade de estudos de qualidade na área e da necessidade de realização de novos estudos.
4. Viabilidade operacional: calcular e identificar a quantidade de recursos (financeiros, humanos e infra-estrutura) atualmente disponíveis para um grupo de doenças e agravos, para uma doença específica, ou para fatores de risco.
5. Demanda social/judicial – Exigência de ações do Estado: refere-se à análise da existência de pressão política (associações de portadores de doenças, pesquisadores, Ministério Público, Judiciário, organismos internacionais, países do Mercosul etc) e ações judiciais para que dada tecnologia seja avaliada ou rapidamente incorporada. Relaciona-se também à análise da necessidade de tomada de decisão reguladora, de incorporação ou de abandono da tecnologia, bem como sua consonância com a Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde.

Exemplo 1: a esquizofrenia afeta 2 a 4 pessoas/1000 em todo o mundo. Dessas, cerca de 30% ficam refratárias ao tratamento. Em 2007, foram gastos R$134 milhões com olanzapina para o atendimento de aproximadamente 20 mil pacientes. Novos medicamentos, como o aripiprazol, são alvos freqüentes de ação judicial.
Exemplo 2: no Brasil, a doença de Chagas é endêmica e a prevalência da infecção por HIV é crescente. É provável que a co-infecção por Trypanosoma cruzi e HIV, torne-se mais freqüente.

Exemplo 1: em contexto internacional, existem vários estudos que avaliaram a relação de custo-efetividade entre os antipsicóticos atípicos. Entretanto, não foram identificadas evidências na perspectiva do SUS sobre o uso dessas tecnologias.
Exemplo 2: não existem diretrizes baseadas em evidências sobre o manejo diagnóstico e terapêutico da co-infecção HIV e T. cruzi.

Passo 3 de 4

Os dados aqui solicitados (nome, e-mail, telefone, estado, formação profissional e instituição) serão armazenados em uma base de dados. A sugestão de pesquisa e as formas de contato serão compartilhadas apenas no Departamento de Ciência e Tecnologia. Em outras instâncias, será preservada a confidencialidade.


Selecione o setor de sua principal atividade profissional e a natureza da instituição onde a exerce.

Passo 4 de 4

Sugerem-se as seguintes informações, quando disponíveis: tipo de tecnologia, contra-indicações, riscos ou efeitos adversos, registro na ANVISA, gravidade e freqüência da condição de saúde; comparação com as tecnologias alternativas existentes, outras tecnologias necessárias, custo unitário ou agregado frente à demanda de utilização. Tipos de estudos necessários (pesquisa clínica, revisão sistemática, avaliação econômica, diretriz clínica, etc).