A Conitec avaliou as evidências científicas para uma possível inclusão do emicizumabe ao SUS e, preliminarmente, recomendou pela incorporação do medicamento para o tratamento de pacientes com hemofilia A e inibidores do fator VIII que não tiveram boa resposta com as opções disponíveis no SUS.

O tema está em consulta pública, até o dia 7 de outubro, para que pacientes, especialistas e demais interessados possam enviar contribuições e auxiliar a Comissão a elaborar a recomendação final.

O emicizumabe é indicado para prevenir sangramentos ou reduzir a frequência desses episódios, proporcionando, assim, melhor qualidade de vida. O medicamento é utilizado para o mesmo tipo de protocolo terapêutico no Serviço Nacional de Saúde, na Inglaterra, e recomendado pela European Medicines Agency (EMA - Agência de medicamentos da Europa, em tradução livre).

Hemofilia afeta mais de nove mil pessoas no Brasil

A hemofilia A é caracterizada pela deficiência ou anormalidade do fator VIII da coagulação. O tratamento consiste na reposição desse fator deficiente, por meio dos concentrados de fator plasmático ou recombinante, uso de medicamentos adjuvantes e na profilaxia dos sangramentos.

É uma doença hereditária e sem cura, transmitida quase que exclusivamente a indivíduos do sexo masculino por meio das mães que portam a condição. Apesar de serem as mulheres as transmissoras, os sintomas e problemas causados pela hemofilia aparecem apenas nas pessoas do sexo masculino.

Segundo dados de 2015, do Perfil das Coagulopatias Hereditárias no Brasil, o número de pacientes com Hemofilia A era de 9.908, correspondendo a 43,21% dos distúrbios de coagulação sanguínea.

Para mais informações veja o Relatório técnico da Conitec.

Participe da consulta pública, acesse.