Essa é a expectativa do Ministério da Saúde e do Instituto Butantan, que assinaram acordo essa semana. O contrato prevê recursos de 100 milhões do Ministério e a contrapartida do fornecimento de vacinas.

 

O Ministério da Saúde assinou ontem contrato com o Instituto Butantan para início da terceira e última fase de testes clínicos da vacina tetravalente contra a dengue. Ao todo, o Instituto irá receber do Governo Federal 300 milhões de reais para essa fase da pesquisa. O valor será dividido igualmente entre o Ministério da Saúde (MS), via Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (Decit/SCTIE), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o BNDES. O retorno do investimento, caso o resultado da pesquisa seja positivo, deverá ser dado em fornecimento de vacinas para a rede pública. O Decit/SCTIE/MS também contribuiu para as fases iniciais dos ensaios clínicos, com oito milhões e meio de reais.

A vacina do Instituto Butantan está sendo produzida em parceria com o National Institutes of Health, dos EUA, imuniza contra quatro tipos de dengue, utiliza vírus vivos geneticamente atenuados (enfraquecidos) e nos ensaios já realizados mostrou eficácia de 80 a 90%. É mais do que a vacina produzida pela Sanofi Pasteur, liberada pela Anvisa no fim do ano de 2015, que tem eficácia de apenas 60%.

Este estudo abre caminho para o desenvolvimento de uma vacina pentavalente, que proteja também contra o zika vírus.

Nessa última fase, serão realizados testes em 17 mil participantes, recrutados em São Paulo - SP, Manaus - AM, Porto Velho - RO, Boa Vista - RR, Aracaju - SE, Recife - PE, Fortaleza - CE, Brasília - DF, Cuiabá - MT, Campo Grande - MS, Belo Horizonte - MG, São José do Rio Preto - SP e Porto Alegre - RS. Os interessados em participar podem entrar em contato pelo e-mail sac@butantan.gov.br .

A estimativa do Instituto é que todos os participantes estejam vacinados dentro de um ano e que a vacina esteja disponível a partir de 2018.

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